Saturday, July 29, 2006

A resistência à frustração

Este post é inspirado em diversas vivências minhas que fazem ter a seguinte opinião:
As pessoas hoje em dia, têm muito menos resistência à frustração.
Acho que vivemos na era do facilitismo, onde tudo nos é dado de forma muito mais rápida. Assim sendo com o acesso à informação muito mais rápido, deparamo-nos com inumeras dificuldade de fixação e escolha.
Ou seja, queremos tudo e não queremos nada, antigamente fazia-se grandes esforços para se conseguir qualquer coisa consequentemente dava-se muito mais valor a essas coisas.
Toda esta inconstância e este facilitismo leva a que quando nos aparece uma contrariedade reagimos com muito menos paciência.
Assim, quando vemos um miudo a chorar, vemos primeiro os pais a deixarem o menino abusar até ao momento em que se passam e lhe dão um estaladão.
Outro exemplo, de esta atitudes que os pais têm para não se chatear é o evitar o papel do mau. Vê-se cada vez mais os pais a resistirem a fazer o papel do mau, porque quem faz de mau é que fica mal visto.
E isto, na minha opinião, é péssimo. Ser mau é algo que tem de existir. Dizer: "vai já fazer isto" , é algo que educa.
Ainda no outro dia contaram-me de um miudo que fez uma birra no médico, porque não queria por a espatula de madeira na boca. O miudo (virou-se, lol) à saida disse para a mãe: "eu tinha dito que não queria pôr a espátula na boca" e a mãe vai e responde: "pronto para a próxima a mãe diz ao médico e o médico não põe."
Esta situação é ridicula, o filho tava a mandar na mãe e a mãe nem explicou porque é que ele tinha de pôr aquilo na boca e desautorizou o médico como se o médico é que fosse o mau.
Não gosto de dizer que antigamente é que estava certo ou errado, eu acho é que estamos a entrar noutro extremo.
Penso que a culpa não é nossa, é desta situação que puxa a todos para terem esta atitude, até os mais idosos que viveram a outra época.
Assusta-me e quero ver qual vai ser o resultado destas educações e destes caminhos, cá estarei para viver e quem sabe para contar.

Wednesday, July 26, 2006

Para não me chatearem

Para não me chatearem tive a melhorar os meus ultimos dois posts. Agora agradeço que quem leu e não percebeu volte a ler.
Prometo que depois trato dos outros, mas não esperem um grande tratamento que tenho mais que fazer

Sunday, July 23, 2006

A juiza


Na sic mulher dá esta série. No outro dia tava a ver tv e vi um episódio que eu achei bastante interessante.
Não o vou relatar, porque nada como ver.
Mas falava sobre uma juiza que perdeu a filha. No dia dos seus anos, esta juiza agradeceu à mãe porque a tinha tido, porque é uma opção com custos e agradeceu a "deus"o ter nascido (não foi propriamente a deus foi para o ar).
E este episódio fez-me pensar que realmente a nossa data de anos é bué importante e não é por n se fazer festa que o deixa de ser, às vezes n damos o valor que ela tem.
Bem, este ano dia 27 de setembro faço 21 anos, pois é.
Como constatei no outro dia numa conversa já olho para actores jovens e fico a pensar: tchii sao mais novos que eu (normalmente eram mais velhos), mas é assim a vida ainda tou mt bem :)

A falta de comunicação

Nem sempre é facil comunicar, mesmo com uma data de tecnologias.
A comunicação, na minha opinião, é o unico meio de não se estar só. Quando eu penso no meu circulo de pessoas com quem comunico, penso que maioria delas são meus anjos amigos. Aí pergunto-me: não será restrito? quando tou com outras pessoas conheço novos mundos e é isso de que sinto falta.
Mas a comunicação aqui a um passo e eu não comunico, o que me impede?
Para isso tenho uma data de respostas, mas não vou por aí.
Acho que devemos acreditar que as coisas são possíveis de mudar, mas para isso é necessário fazer esforços e a verdade é que me faltam armas.
A semana que acaba hoje passou por algumas mudanças, mas hoje estagnou. Parece que me tenho de mexer.

Tuesday, July 18, 2006

O egoísmo


Penso que existem dores sempre maiores que as nossas e que devemos respeitar a dor dos outros, calando a nossa quando a dos outros é maior, porque senão seremos egoistas.
Tive esta conversa com alguém que face a uma rapariga que foi picada por um peixe aranha correu a ajudá-la e carregou-a em mãos, caminhando pela areia, que tava muito quente.
Esta pessoa disse-me que só de ver a dor da rapariga teve-se pouco lixando para as dores nos pés.
Foi a sua boa atitude do dia, era tão bom se conseguimos por a nossa dor de lado face a outra maior, não era?

O porquê da cultura geral

Quem me conhece sabe que a minha cultura geral é um pouco nula. Então quando foi ao quiz tive uma "discussão" bastante interessante sobre o interesse de ter cultura geral.
A minha experiência de vida sempre me fez ver que a cultura geral, só servia mesmo para participar em concursos e dizer que se sabia. A meu ver a cultura geral era algo inutil.
De certa forma não deixo de ter esta visão, acho que a cultura geral só tem interesse quando serve para se repartir não para acumular, irrita-me quando as pessoas fazem competição sobre quem sabe mais, parece uma atitude frustada de dizer eu sou melhor.
Portanto a conclusão que tirei dessa discussão é que a cultura geral pode ser algo importante para se ter, mas que mais importante que ter cultura geral é saber ter com utilidade essa cultura geral.

Saturday, July 15, 2006

O lado bom da fúria


Existem vários tipos de filmes: suspense, terror, comédias, dramas, etc
Dentro destas categorias existem filmes não muito bons para ver em familia, tipo aqueles com os jovens que estão na faculdade e que roda tudo à volta disso ou aqueles romanticos.
Bem, mas se souberem bons filmes para ver em familia digam, eu hoje vim um que era para reflectir que era "o lado bom da furia" é daqueles que é para pensar e o tema é exactamente aquilo que o titulo dá a entender.
fica a sugestão e juro que não estou a ganhar nenhuma comissão, mas andreia se me quiseres dar:)lol

Tuesday, July 11, 2006

Tesouros de pensamentos


Encontrei um livro chamado "tesouro de pensamentos" que tem vários pensamentos de vários autores, resolvi que neste blog iria comentar algumas frases, visto que a imaginação está a faltar-me à bocado pensei falar sobre as festas do técnico, mas achei melhor não o fazer, porque ia criticar.
Assim a primeira frase que me diz algo é:"O meio mais fácil de nos enganarmos é julgarmo-nos mais espertos que os outros" La Rochefoucauld
Esta frase diz-me algo, porque ser esperto e ser inteligente é diferente. Armar-me em inteligente já me aconteceu principalmente na faculdade, agora acho que realmente é necessário também se ser esperto, mas um esperto não estupido, mas sim inteligente (isso sim)
O mundo é para os espertos, mas devem ser espertos inteligentes.
Espertos estupidos são aqueles que têm manhas e passam à frente dos outros no transito até que um dia são apanhados.
Espertos inteligentes, são aqueles que não precisam de passar à frente dos outros para ser mais inteligentes, porque os objetivos deles não passa por ser mlehor que x, mas por ser o melhor.
Como uma pessoa conhecida me disse na faculdade os católicos aspiram a valores mais altos, mesmo que depois não cheguem ao cume da montanha e fiquem pela colina (era qualquer coisa deste género) e são felizes por isso.
Conclusões: não às comparações, isso não e ser esperto inteligente

Aos Professores


Eu sei que tinha prometido não falar da dinâmica, mas só queria referir que acho que valeu a pena.
Agora falando do post, no meu curso o meu estágio é no terceiro ano, fiz o estágio numa escola.
E gostava de referir que pessoalmente o estágio foi importante para compreender e gostar mais dos professores.
Claro que não posso generalizar, mas aquela ideia maldosa que eles só falam de nós para dizer mal, até pode ser verdade às vezes, mas a verdade é que alguns deles mesmo dizendo mal gostam de nós mesmo que não mostrando.
Isto foi o que eu fiquei a saber este ano, agora quando vejo a minha prima a dizer "a miuda tava-se a gabar de ter sido violada, precisa de ajuda, ou pior se está a mentir ainda é mais grave" isto antes chateava-me não pelo que era dito, mas pela forma humilhante que se falava dos alunos, agora não, agora sei que ela até gosta da aluna, porque também disse o seguinte:"e agora fugiu com o namorado de 30 anos e desapareceu" isto revela preocupação, desilusão e frustração, porque não se pode fazer mais por estes alunos.
Portanto, se como eu têm más recordações do género como a andreia disse ontem:"Ai tás-me a ouvir, então repete lá o que eu disse" (como eu tenho pelo menos uma em que depois repeti, porque estava mesmo a ouvir lol) será bom começarem a repensar a vossa má atitude face aos professores, tão cultivada pela comunicação.
Por isso faço este post em dedicação ao empenho dos que não se enquadram no estereotipo de maus professores.

Saturday, July 08, 2006

Ao nosso nível


Quando falamos de elitismo, pensamos em algo negativo, mas neste caso falo como diz no dicionário do que há de melhor na sociedade.
Falo-vos do que é fora do comum, do que tenta ser mais do que morangos com açucar (não tenho nada contra os morangos com açucar, só tenho contra os exageros das multidões de jovens que os seguem) ou mais do que algo que uma geração segue sem pensar.
E provavelmente estão a pensar do que vos falo? Falo-vos de um grupo de amigos que há uns tempos atrás não compreendia, que os via como os certinhos que não saem à noite.
E isto pode parecer que tem um tom crítico, mas de todo, acreditem que não, porque se fiz o 12º em parte se deve eles pela estabilidade que me ofereciam.
Agora vejo que eles são muito mais que os certinhos, aliás eles nem são os certinhos eles são os verdadeiros diferentes, os que o são sem os quererem ser.
Secalhar tou a ser um pouco vaga, mas isto é especialmente para eles, eles que vão ao quiz, que têm conversas de outro nivel, que não falam de novelas, que falam do capitão vegetal da rua Sésamo, que fazem trocadilhos geniais, que discutem sobre se é anjo amigo ou se à anja amiga, que fazem desenhos geniais e vou-me calar, pois se eu apontasse o estilo deles certamente os iriam adorar. Beijinhos para voçês uma elite

Tuesday, July 04, 2006

Serviço Social (aceito remodelações, mas não de português)


Alguém me pediu para escrever algo sobre serviço social. Tossi um pouco, porque é daqueles assuntos que não sei por onde começar.
Muita gente não sabe o que é Serviço Social e eu podia-vos dar uma definição teórica e ficar por aí, mas achei que isso era pouco esclarecedor.
A profissão de Serviço Social para quem não sabe, não é servente social (como já ouvi várias vezes), é Assistente Social (ou técnica de Serviço Social, mas não vou por aqui).
Num mundo onde não há trabalho para todos, existem um conjunto de pessoas excluidas que não têm trabalho. Para quem não sabe, o trabalho ou a ocupação forma a identidade da pessoa, então o que acontece? Acontece o desvio e outras maleitas advindas deste problema, porque sem trabalho não há dinheiro, há ocio (e também não entremos por aqui, no fundo o que quero dizer é que é mau), assim aparecem umas tantas respostas dadas pelo estado e não só para minorar todas as problemáticas advindas destes problemas (subsidios de desemprego etc).
Mas mais uma vez ser Assistente Social, não é nem deve ser só dar subsidios, quem nos dera a nós que os subsidios fossem neste momento uma resposta eficiente.
Estas populações que recebem este género de subsidio, normalmente agem numa cultura de pobreza, onde os filhos são obrigados a procurar dinheiro, pelo trabalho ou não e esquecem a escola e entramos num ciclo. Assim, além dos subsidios, cabe aos Assistentes Sociais acompanhar estas familias, fazer projectos sociais, contactar com o máximo de instituições que garantem que todas as condições são dadas para haver o direito á educação.
E este conjunto de instituições pode passar por creches (para um irmão não ficar a cuidar de outro), hospitais e outras instituições que cuidam de doentes (nas situações em que um dos pais precisa de uma vigilância constante), prisões (para não perderem horas de escola para ver familiares á prisão).
Claro que estas situações são muito mais complexas do que parecem, estou apenas a simplificar para tentar desmistificar.
Existem também aquelas situações de abandono de filhos, os lares, os sem-abrigo, as prisões e os institutos de reinserção social (onde muitas vezes o problema central não passa pelo trabalho como já dei em exemplo), onde podemos encontrar Assistentes Sociais a trabalhar.
Nestas situações não tenho muito para testemunhar, porque não estagiei em nenhuma delas, mas se quiserem saber pode ser que esteja nos comentários algo escrito, porque desafio as minhas colegas a escrever mais alguma coisa.
Outro comentário que já ouvi é coitadinha, epá eu não axo que isto seja uma profissão má, axo que realmente é uma profissão de pessoas que acreditam e têm esperança num mundo melhor.
E para as pessoas que dizem coitadinha, eu compreendo-vos porque ao menos sabem que isto é bem mais dificil de se resolver, quando não impossivel, e até fico contente porque sei que sabem que isto é complexo, mas também quero que saibam que a felicidade de mudar a situação para melhor destas pessoas não me torna infeliz, agradeço a compaixão, mas não preciso dela:)

Poema

Aí há uns tempos passei uns poemas da minha avó para mandar para o destaq e mandei, mas infelizmente nunca os cheguei a ver lá. Ponho então aqui um desses poemas, porque a intenção era que mas alguém que não a familia (que já os conhece e aprecia) pudesse apreciar:

Vida


De tudo o que Deus criou
De esmero e excelsa beleza,
De quanto, em suma, gerou
Nesta vária Natureza
Que me encanta e me deslumbra,
O que mais me toca a fundo
É sem dúvida a grandeza
Deste mistério profundo
Da Vida, que anima o mundo.
Fonte de amor, ou baixeza,
Motor de sonho e ilusão,
De alegria ou de tristeza.
Vida lembra-me energia
O desejo de querer,
Sol rompendo a teimosia
Da nuvem que eu quero esconder.
Ter vida é ser sempre jovem,
È dom caro e invejável,
Relicário inesgotável…
Cuidemos desse tesouro!
Bem haja quem fez da Vida
Uma missão bem cumprida!

Antónia Caetano

Saturday, July 01, 2006

História dos autocarros ou camionetas


O meu titulo refere camionetas, pois para quem não sabe em Almada os autocarros denominam-se de camionetas.
Neste post gostava de contar algumas das muitas histórias que já vivi nos autocarros e que não se vivem nem nos comboios nem no metro (barco não sei).
Pois bem, nos autocarros vive-se momentos muito engraçados quando uns se metem com os outros.
Comecei a notar isso, quando ia para a Costa da Caparica e numa fila de gente havia dois velhos que achavam que nós- jovens- não tinhamos respeito nenhum pelos mais velhos e sentavamo-nos nos lugares deles.
Depois na sul fertagus uma senhora veio do centro de saúde a dizer que quase que nem ia ao médico, porque ele lhe mandava tomar montes de comprimidos e ela desde aí que faz dietas que não poe sal nenhum e que assim já não precisa de tomar os comprimidos.
E eu a pensar o que é que eu tenho a ver com isso, mas não quis ser mal educada e concordei, não é que a senhora que estava à nossa frente começa a dizer
- Isso é um perfeito disparate, você devia tomar era os comprimidos eu tomo à vontade e tomo tudo o que o médico diz.
Quase que se iam pegando as duas.
Actualmente na carris, já assisti a um senhor ofender o motorista e ele (antes da ponte) disse que ia à gnr e depois montes de gente no autocarro a pedir ao motorista para não fazer isso, porque tinham de ir trabalhar (esta só quem lá estava, parecia uma cena de filme)
Ainda na carris, várias velhinhas vieram meter conversa comigo começando sempre por dizer mal de alguém (ou é a criança que está mal apoiada, ou do ar condicionado estar altissimo) e depois aproveitam e toca de dizer o que faziam.
Por fim, as ultimas da carris foram um homem a mandar calar duas senhoras que estavam a dizer mal das politicas actuais e depois elas acharam que ele estava a ser racista.
Bem só filmes, portanto amigos se quiserem ir ver filmes ao vivo e a cores apanhem o autocarro mais perto de vós e esperem.